Todo jogo oferece um desafio. No Tetris, o jogador precisa ter habilidade visu-espacial para empilhar corretamente as peças de forma que as fileiras horizontais sejam totalmente preenchidas. Em jogos de plataforma como Mario Bros, o jogador precisa pular buracos e se esquivar de inimigos. Em Counter Strike, um jogo mais moderno, é necessário monitorar o comportamento de outros jogadores, tomar decisões rápidas como atirar contra o inimigo ou fugir.
Fora do ambiente virtual, todos os dias somos, apresentados a diferentes desafios e situações imprevistas que exigem habilidades parecidas. Por exemplo: descobrir o melhor caminho para se chegar à escola, desenvolver um novo trabalho acadêmico, desviar dos outros pedestres na rua, observar o carro se aproximando em uma avenida, separar as roupas e colocá-las na lavadora, etc.
Nestas situações, sempre necessitamos dos comandos do cérebro para ativar músculos que nos permitem tanto apertar o botão do joystick, quanto para acionar o músculo da perna esquerda e dar o primeiro passo.
O cérebro executa uma infinidades de tarefas, mas chama atenção um grupo de funções específicas conhecidas como executivas, o qual nos orienta para uma determinada meta.
Estas funções controlam nossos pensamentos, emoções e ações; e certamente impactam de forma significativa na vida social, afetiva e intelectual do indivíduo – desde a infância até a idade adulta.
Nos últimos dois anos, examinei mais de 150 jogos de videogame e aplicações para mobile e browser, tentando compreender como esses produtos podem auxiliar o desenvolvimento das funções executivas nos jogadores. Além disso, fiz um levantamento bibliográfico de inúmeros artigos científicos e notas de divulgação científica sobre o tema.
E agora, chegou a hora de compartilhar!
Nesta coluna, pretendo discutir em cada post (não vou prometer uma frequência específica) as possibilidades de uso dos jogos para o desenvolvimento de 7 competências, partes do sistema executivo do indivíduo. São elas:
- Flexibilidade
- Concentração
- Planejamento
- Autoconhecimento
- Organização
- Autocontrole
- Memória de trabalho
Para compreender o significado destas competências, confira o infográfico abaixo:
Qual é o objetivo deste blog?
O objetivo é contribuir para uma discussão mais sólida sobre o uso dos jogos na educação formal cuja responsabilidade fica a cargo de professores e coordenadores; e informal, promovida especialmente pelos pais.
O desafio aqui é mostrar que jogos digitais são muito mais que entretenimento.
Seja bem-vind@
Sou Professora e Orientadora Educacional. Já trabalhei desde a Educação Infantil ao Ensino Superior. Sou aposentada mas estou sempre antenada com os novos desafios da Educação. Já fiz uma leitura rasa de um livro sobre tecnologias educacionais, não lembro agora realmente o nome do livro, mas enfim , ele contava mais ou menos o que o Senhor está contando. Aprendi um pouco sobre esse novo conceito e estou encantada com os seus estudos. Quero muito aprender mais. Trabalho com cursos de Pós-Graduação para alunos de Cursos de Orientação Educacional, Psicopedagogia e outros da área,
Olá, Maria José, Que bacana a sua trajetória. Força aí um pouquinho a memória para se lembrar do livro, pode ser uma referência interessante para as pessoas que seguem este blog. Fiquei curioso, viu. Eu espero que os próximos textos contribua para seu aprendizado, Eu dei aula para cursos de pós em Psicopedagogia, levei alguns jogos analógicos e digitais para a turma. É um campo muito profícuo e adequado para o uso de jogos como a senhora bem deve saber. Obrigado pelo carinho e sempre dê uma passadinha aqui para conferir as novidades. Um abraço.
Genial Thiago, vou seguir seu blog.
Trabalho com a terceira idade em reab cognitiva e acho que os games ajudam e motivam muito esse público. Mas percebo que falta mais conhecimento para quem utiliza esses games, então….seu trabalho vai contribuir muito.. obrigada.
Olá, Cristina. Que bacana deve ser o trabalho com a terceira idade. Eu nunca trabalhei, mas li algumas coisas já. Eu escrevi um texto de divulgação científica e citei alguns trabalhos feitos com o público que você trabalha. Veja se te interessa. Um abraço. http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/106/artigo332643-2.asp
Olá Thiago, parabéns pelo post!
Sou psicólogo/coach esportivo e utilizo muito do que chamo “neuro-jogos” para a preparação mental de atletas!
Espero aprender mais sobre essa ferramenta através do seu olhar!
Abraço!
Julio Ribeiro, visitei o seu site CorpoeMente e gostei bastante da proposta, tanto que lhe envie um email =) Muito obrigado pela sua visita e seu comentário. Vamos nos falando! abraços.